2009/12/30

começa a aplicação dos questionários

já tenho aí uns 40 questionários preenchidos. De gente que anda na catequese e se prepara para o crisma.Interior Norte, rural.
Estou a meter os dados no computador.
Algumas observações preliminares:
1 - Na zona alfa (de onde vêm os questoionários; obviamente, não a identifico) a malta não se confessa. Estou ainda a metade da introdução mas a olho aposto que esse resultado vai ser esmagador. Culpa da catequese? Da pastoral local? Efeito da adolescência? Gostava de perceber porquê?
2 - No questionário há questões paralelas, a respeito das 3 pessoas da trindade. Assim a olho há uma tendência notória para fazer copy-paste de uns para outros. Não em absoluto, mas há fortes influências. Porquê? Uma teologia trinitária que não distingue bem as pessoas trinitárias? Preguiça? Dificuldade de vocabulário?
3 - Os rapazes presentes no grupo têm respostas muito "limitdas". Baixo nível cultural? Mas no território onde estão os rapazes com mais nível cultural? J´+a largaram a fé?
4 - Catequese e missa são os grandes (quase únicos) lugares de experiência religiosa.
5 - Pessoas a influenciar a fé: maioritariamente catequistas, pais, avós. Não aparecem amigos, nem professores

3 comentários:

Ângela disse...

Eu sou professora e catequista, mas nas minhas aulas não costumo falar de religião porque há miúdos não-crentes. E como a minha disciplina é música e não religião e moral, é normal que seja suposto falar de religião. Por isso, não creio que os professores tenham "culpa".

ruisdb disse...

Calma!
Não ando à procura de culpados. Ando apenas a tentar conhecer a situação.
Seria previsível que o mundo dos adultos influenciasse mais (em qualquer sentido) as RS dos adolesecentes. Mas, tal como indico no post seguinte, só aparecem pais, catequistas e avós. há apenas uma referência a um docente de ermc e uma ou outra à figura do sacerdote.
Quando faço estas observações preliminares quero é manter-me alerta para fazer as perguntas certas:
> Eles não referem os profes... porque eles não sºao relevantes para a elaboração da RS de Deus? Ou não se dão conta?
Ou este grupo, hipersocializado religiosamente, bebe de outras fontes que não as da escola?
É que os media também não aparecem.

silvino disse...

mto interessante! não tinha pensado assim, mas faz todo o sentido.

pode de facto haver imensos factores, às vezes até mais preponderantes, na construção da imagem de Deus ..mas q passam ao lado, não nos damos conta da sua influência..

assim à 1ªvista, os media parecem ser um exemplo clássico. acho q nem eu me lembraria de os ponderar caso tivesse de responder a um questionario semelhante..

o q tb pode ser interessante em termos daquilo que falamos e discutimos na catequese.

será q para falar de deus estamos sempre a puxar a conversa para referencias "mais confortaveis"? nao q seja preciso fazer as catequeses de adolescencia com o jornal aberto ..mas ..

nao sei.

fico a pensar :)