MUito do debate que há em catequese reduz-se a saber qual o peso que têm os conteúdos e a metodologia. E uns puxam para um lado e outros para o outro.
Mas, se calhar, a questão está em saber quais os conteúdos.
Começamos a catequese dos pequeninos a dizer que jesus é nosso amigo. Ok, para começar.
Mas como é que fazemos evoluir essa noção-relação para o absoluto de Deus na vida?
Discutimos se a iniciação à eucaristia se deve fazer no 2º ou no 3º ano. Mas não nos preocupamos em assegurar um itinerário educativo que ajude os catequizandos a assumir o ritmo de celebração semanal típico e necessário à comunidade adulta.
2 comentários:
como sempre incisivo. e já a deixar-me com remorsos de não ter estado presente ..aiii!!
bom, mas acrescentando mais lenha a esta fogueirazita de interpelações..
- evolução da noção-relação com Deus: encontro muitos que nem sequer se apercebem desta necessidade. ou seja, nem sequer estão alertas para a questão educativa e pedagógica associada ao percurso catequético.
e não falo só do "catequista médio". antes fosse..
- ritmo celebrativo: caímos sempre na catequese-mochila, nao é? com a mentalidade de dar algumas lições de moral e de que «alguma coisa fica».
fica coxa esta forma de sermos a expressão do acolhimento da igreja-mãe.
percebo que nem sempre seja por mal.
a igreja-mãe é também igreja de homens que fazem caminho com muitas pedras, cruzamentos e tráfego des-sincronizado.
na reunião de final de ano fiquei muito pensativo. vi boa vontade de muita gente, mais velhos e mais novos. mas vi também a incapacidade (enquanto comunidade e enquanto grupo de catequistas) de capacitar estas mesmas pessoas.
e sem querer fugir ao "comentário do post". mas foi uma altura em que, também aqui, a discussão se perdeu em minudências de preenchimento dos quadros oficiais ..envoltos numa miopia de dar pena.
Bom... para não perder nada: na revista Catequistas do próximo ano vou trabalhar esta área.
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