2012/02/18

Para uma renovação da pastoral juvenil em Portugal (6)

Artigo anterior desta série: As palavras-chave, Os pressupostos, as metas, As passagens, As tensões

6. Os recursos

Não poderia terminar esta intervenção sem um toque positivo e encorajante. Gostaria de recordar que a nova evangelização, também com os jovens, não nasce das nossas próprias forças: o Deus que estamos convidados a anunciar nos assegura os recursos para o anúncio. Mas não basta, numa pastoral bem incarnada, fazer a lista dos lugares teológicos onde se acede à graça de Deus.

6.1 A Palavra de Deus

Nos últimos anos, não há documento pastoral que não dê destaque à Palavra de Deus. É bem mais do que uma moda. Mas não basta, em pastoral juvenil, pegar num ficheiro com a Bíblia e enviá-lo a todos as caixas de email que conhecemos.

A palavra de Deus é um recurso para a pastoral juvenil mas é também uma tarefa. É tarefa da pastoral juvenil captar os anseios, os pedidos, as perguntas que os jovens fazem, tantas vezes de forma fragmentária, balbuciante, quase pueril. E trazê-las para dentro da comunidade cristã. E estimular a comunidade a ler a Palavra a partir dessas perguntas.
É também tarefa da pastoral juvenil levar aos jovens as respostas que Deus dá à sua Igreja através da Palavra.
Isto implica que a PJ promova métodos e hábitos de leitura da Palavra mais virados para construir pontes entre a Palavra e a vida do que para alardear erudição arqueológica.

6.2 A liturgia

Quer para os operadores de pastoral juvenil, quer para os jovens, a celebração dos sacramentos é ocasião de crescimento, de orientação, de fortalecimento.
Os sacramentos são ocasião para os jovens se integrarem numa comunidade que é multigeracional e para a comunidade se sentir enriquecida com as novas gerações.
Será um recurso tanto mais aproveitado quanto Cristo e o seu mistério de salvação estiver no centro. Quanto mais a nossa forma de celebrar souber ser fiel ao Deus que celebramos e, ao mesmo tempo, for fiel, nas suas expressões e configuração cultural à condição dos destinatários.

6.3 Fazer memória das experiências consolidadas

A pastoral juvenil não começa connosco. Muitos adultos e jovens já testaram caminhos que mostram como é possível, sendo jovem, viver uma medida alta de vida cristã. A Igreja sancionou alguns desses caminhos que levam ao amor com a canonização dos seus protagonistas.
Fazer memória desses homens e mulheres que deram a sua vida como missionários dos jovens é uma atitude sensata. As suas intuições pedagógicas e espirituais podem ter sido amadurecidas em contextos culturais e eclesiais diferentes dos nossos; mas a sua experiência é um património eclesial que vale a pena valorizar.
Algumas dessas experiências mostraram-se resistentes ao teste do tempo. Mesmo com o variar dos tempos e das latitudes, mostraram ser capazes, de forma consistente, de levar os jovens à santidade.

6.4 Fazer circular as novas ideias

Diante de uma realidade fluida, de contornos indefinidos, é inútil desenhar projectos pastorais feitos no gabinete, a régua e esquadro. Mas é insensato renunciar a projectar; isso leva-nos à inércia e ao imobilismo.
O Espírito de Deus não dorme. E Ele é a fonte de toda a criatividade. Situações novas precisam de respostas novas. Evidentemente, a qualidade das respostas não se afere pela sua novidade. Como Igreja católica que somos, amamos a comunhão na diversidade. Podemos favorecer no ambiente eclesial a criação de novas propostas e a sua circulação. Contrariar a indefinição de horizontes estimulando a inovação e a circulação-avaliação de ideias novas.

2 comentários:

Anónimo disse...

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