2009/02/10

Possibilidades (3)

Outro dos problemas que acho estimulante é a questão da maturidade cristã.
Como já se deve ter percebido, eu sou mesmo fã da categoria de iniciação cristã.
Acho que é uma perspectiva que pode ajudar muito a pastoral e também o esforço ecuménico: são cada vez mais as outras igrejas cristãs que se estão a socorrer deste modelo.
Ora bem, o objectivo da IC (= iniciação cristã) é formar um cristao adulto, maduro, autónomo. Depois de atingido esse ponto, muito crescimento em santidade haverá, mas para já interessa-me perceber o que é essa maturidade que faz de alguém um discípulos sério e comprometido de Jesus de Nazaré.
Na revista Catequistas deste mês (Fevereiro 2008, nº 46) faço uma apresentação da questão.
Ora eu acho que se tem reflectido pouco sobre isto.
Admito que há dificuldades para uma reflexão séria. Que se o for também será pública. Dizer que a maturidade é isto e aquilo exige a coragem de não pactuar com tantas formas imaturas de cristianismo. E isso em termos de gestão eclesial mete medo a muita gente. Vejam como a maioria das nossas comunidades e dos nossos pastores optou (inconscientemente?) por ignorar a nota pastoral sobre o ano paulino.
Reflectir sobre a maturidade cristã ajudaria a uma avaliação séria da catequese que fazemos. E aí juntam-se duas palavras proibidas: avaliação e maturidade.
Tenho encontrado alguns artigos, mais na área da psicologia da religião do que da pastoral strictu sensu, que me têm feito pensar.

Sem comentários: