FOSTER Charles R., Religious education at the edge of history em Religious Education, Vol 99, n. 1
Deixo aqui o abstract:
This article suggests that religious education discourse in the future
must be multilingual if it is to prepare people to participate in a postmodern
world of religious diversity and secularism. Five “languages”
are suggested, including those native to the religious education of
particular religious communities, the language of interreligious education,
the language of public religious education, a postreligion
religious education language, and the language of academic religious
education.
Mais um texto sobre educação religiosa (o termo religious education é dominante no mundo anglo-saxónico. originalmente no mundo protestante mas tem-se expandido também para os católicos. E acaba por se revestir de imensos significados.) em contexto pós-moderno.
O autor pega numa intuição de Gabriel Moran (um clássico) segundo a qual a ER deveria ser bilingue: deveria falar a língua da comunidade (a tradição, a revelação) mas também a língua do contexto onde a comunidade de fé se coloca.
O autor defende que neste contexto pós-moderno é preciso alargar esta intuição e avançar para uma ER multilingue. Deveria continuar a usar a lingiagem nativa da educação religiosa, a linguagem da educação inter-religiosa, e linguagem da educação religiosa pública (o autor é americano e chama a atenção à educação para a civil religion (ver aqui), a linguagem de uma educação religiosa em contexto pós-religioso e a linguagem da educação religiosa académica.
O contexto fortemente multi-étnico, multi-cultural, multi-religioso dos E.U.A. ajuda a perceber melhor as preocupações do autor.
Mas esta abordagem ao pós-moderno parece-me muito débil. Não se percebe qual das linguagens deve ser considerada a língua-mãe. A não ser que o autor pretenda que a ER se torne numa Babel. A intenção está correcta: não fechar a ER num gueto. Mas com que força nos apresentamos "em público"
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