Um dos livros que li este fim de semana foi Catéchèse et maturité de la foi de Giguère.
O título interessava-me. A colocação inicial entusiasmou-me.
O homem chama a atenção para o facto de um conceito tão nuclear à catequese como maturidade estar tão mal definido e tão pouco operacionalizado.
E eu com os meus botões: era disto mesmo que eu andava à procura para dar um pontapé de arranque à tese!
Pois...
o autor faz um levantamento dos vários significados e conteúdos atribuídos ao conceito. mas já aí a coisa me parece um pouco superficial. Cita uma série de autores que conheço (daqui da UPS) mas parece-me pouco sistemático.
Vai optar pela maturidade de fé entendida como universal humano.
Cita a visão de Alberich (que apresentei na CATEQUISTAS de Fevereiro) e tenta apontar-lhe os limites. Segundo ele, o problema de Alberich é deixar-se limitar por uma visão religiosa católica de maturidade. Para o autor, é preciso deixar isso de lado e procurar um conceito mais alargado, mais humanista.
Bom... nesta altura do campeonato eu já estou a magicar: tudo isso é legítimo, mas a que propósito é que ele mete aqui a catequese? Se o homem procura uma teoria da maturidade universal, porque raio é que não o assume e insiste em vender o livro como coisa de catequética?
A verdade é que ele é coerente. Para quem não sabe, Giguère tem um livro dos anos 90 sobre a fé adulta que fez um certo sucesso (dentro deste nicho); ele diz que é preciso abandonar tudo isso.
é evidente que uma visºao diferenciada da realidade da fé não aparece aqui. A possibilidade de uma experiência de conversão poder lançar o sujeito em possibilidades novas também não.
Nisto tudo.. não cheguei ao fim do livro.
É evidente que se trabalhar nesta área vou ter de o comprar e ler e riscar todo. mas para já, já deu para perceber a música do artista.
Se alguém tiver por aí uma recensão ou comentário ao livro, envie sff. Pode ser que eu tenha lido mal o livro.
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