Em quase todos os contextos se observa que há um afastamento da fé-Igreja nesta idade (3ª década de vida).
Em portugal isso não é facilmente demonstrável; claro que esse afastamento existe; mas não é fácil demonstrar que se trata de algo novo. Nós notamos que desde os 10 anos há um afastamento progressivo. Fica a pergunta: aos 20 anos há uma perda mais grave?
Basicamente há 2 explicações:
Teoria da secularização e da descristianização progressiva: Parece uma história da carochinha, já tem muitos anos, está mais que demonstrada a sua falsidade mas continua a estar por detrás de muita ciência social em PT. O afastamento é "normal" e resulta dum movimento social generalizado.
Ciclo de vida: Outra teoria diz que é por causa da especificidade desta faixa de vida que se dá o afastamento. Porque entram no mundo dos adultos e da "racionalidade" ou porque apostam noutros âmbitos de vida (estudo, namoro-casamento, entrada no mercado de trabalho...) a religião perde peso específico. Superados estes parêntesis haveria um regresso.
O Schweitzer sugere outras interpretações a ter em conta.
Efeitos do desenvolvimento cognitivo. As pessoas não desenvolvem todas as capacidade ao mesmo tempo. Pode ser que a adesão a uma experiência de fé, nestas idades, exija um certo tipo de desenvolvimento e maturidade. E quando ele não acontece, pura e simplesmente, as pessoas perdem interesse pela fé.
Influências biográficas. Parece óbvio mas não é. A história pessoal de vida e de fé de cada um acaba por ser profundamente influente nas opções que se fazem.
Efeito de cohorte. Muito do que sucede não tem apenas que ver com a geração dos "vinte" em geral mas com esta geração que agora tem "vintes".
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