Um segundo capítulo estuda os valores dos jovens e a sua correlação com as pertenças religiosas.
Num certo sentido, nada de surpreendente.
Sistematicamente a adesão religiosa associa-se a valores éticos mais sólidos e menos hedonistas.
Mas o que é surpreendente (em todos os grupos) é como os valores mais apreciados são os ligados à pessoa e ao seu espaço relacional: família, saúde, paz, liberdade, amor, amizade.
Mesmo os que poderiam ser lidos com uma componente mais "social" (paz,liberdade) estão nesta lista apenas porque são condição de possibilidade do tal bem-estar individual.
NO fim da lista, evidentemente os valores políticos.
Mais uma vez isto são valores de 2004 e de Itália. Evidentemente é capaz de haver resultados hoje em Portugal. mas penso bem que esta tendência se deve manter.
A parte
Estou a pôr-me a par do Prison break. Foi uma série que não acompanhei aí em PT, mas nas horas vagas estou a recuperar o tempo perdido. Como todas as boas séries esta funciona a mais do que um nível. O mais óbvio é a fuga (série 1 e 2) ou a luta contra os maus da "companhia" (séries 3 e 4). Mas há outros dilemas a alimenta o interesse pela série. Mormente os de tipo moral. Neste sentido esta é das séries em que o tema da escolha moral é mais patente. E no meio de todas as peripécias, da injustiça, da incapacidade do sistema democrático dar sossego aos heróis, como é que eles tomam as suas decisões: pela lealdade aos que amam (família, amigos). Nada mais é seguro ou certo nesta série. Tudo pode esconder um perigo. Só podes confiar em termos da tua escolha, da tua tomada de decisão, no valor da família ou das relações próxima.
É óbvio que Prison Break não é a primeira série nesta linha. O que me levanta uma pergunta. Fazem a série assim para ir de encontro à nossa maneira de pensar ou nós pensamos assim por termos visto muitas séries destas?
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