Meio por curiosidade, meio para não ter que ler coisas mais sérias, comecei a folhear o contributo de PASQUATO Ottorino, Quale tradizione per l'iniziazione criatiana? Dall'età dei padri all'epoca carolingia no livro "Iniziazione cristiana degli adulti oggi. Atti della XXVI Settimana di Studio dell'associazione Professori di Liturgia".
Gosto da história.
A 1ª e a 2ª parte do texto têm uma estrutura clássica: descrevem o catecumanato, com abundante e cuidado recurso às fontes disponíveis, desde o século III (a partir do qual temos informações mais fidedignas) até à época carolíngia. Mas Pasquato não se limita a citar textos antigos. Explica o sentido, as motivações, enquadra na sempre em mutação relação igreja-estado-sociedade.
Gostei mesmo foi da 3ª parte: A lição da tradição. Ele tira várias conclusões muito estimulantes para hoje.
1. O catecumanato é uma imagem da Igreja.
O CA mostra bem o auto-entendimento que a Igreja tem, em cada momento. O CA da época áurea exige uma comunidade eclesial capaz de acolher os catecúmenos. O CA implica não só quem pede para ser cristão mas o conjunto dos fiéis que respondem acompanhando. Não se trata apenas dos padrinhos (aqueles que fazem o 1º anúncio) nem dos catequistas (que de uma forma mais sistemática acompanham a progressão); é a comunidade toda.
E não é apenas uma Igreja que recebe e integra, é a própria igreja que se move, que muda algo de si mesma, oferecendo àqueles que entram agora, a possibilidade de fazer Igreja também com possibilidades novas.
Há mudança em quem acolhe e em quem é acolhido.
Eu limito-me a citar as conclusões de um historiador da Igreja. Qualquer semelhança com questões ligadas à pastoral juvenil ou à catequese é pura cocincidência.
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