2009/03/28

TRS e barreiras semânticas

Alex GILLESPIE (Social representations, alternative representations and semantic barriers aprofunda o tema da pluralidade de RS.
Ele segue a tese segundo a qual a comunicação exige uma comunidade de representações mas também uma diferença. A possibilidade da comunicação nasce da semelhança mas a necessidade da comunicação nasce da diferença.
E sugere que a comunicação pressupõe não só a diferença como também a representação da diferença.
E fala das representações alternativas (=RA): são a representação de uma visão alternativa, no interior da própria RS.
As representações alternativas não são a representação dos outros mas as ideias que lhes atribuímos.
A existência de RA no interior das RSsão uma consequência necessária na existência de uma pluralidade de representações. E as RA são, ao mesmo tempo, desestabilizadoras e protectivas. Podem desestabilizar porque introduzem as alternativas no interior das representações existentes; mas podem proteger porque "estereotipam" essa alternativa.
As representações hegemónicas não têm RA. Nesse sentido são incapazes de dialogar. A questão que se pões é a da possibilidade da existência de RS hegemónicas numa cultura tão fragmentária como a nossa.
As representações emancipadas nascem precisamente num contexto de abertura e de diálogo com alternativas.
E também as representações polémicas, que nascem num conflito ideológico inter-grupo, tendem a ter uma RA principal. Mas não há diálogo entre a RS e a RA.
Perguntando-se porque é que a RA numa representação polémica é resistente ao diálogo, ele introduz o conceito de barreira semântica.
E identifica 7: Oposição rígida; transferência de significado, pensamentos proibidos, Separação, Estigma, Sabotagem da motivação, Suspensão.

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